A sustentabilidade começa a ganhar espaço na construção civil brasileira. O tema será debatido em congresso do setor em Curitiba
Empresas produtivas são aquelas que levam em conta o bem-estar de seus funcionários. Não há como ser eficiente em um ambiente escuro e com um ar-condicionado em condições de higiene ruins ou em mau estado de funcionamento. Pensado nisso, acontece entre os dias 9 e 12 de setembro, no Expo Unimed Curitiba.
O maior aproveitamento da luz natural, pisos, portas e batentes de madeira certificada são algumas características que garantem aos chamados "edifícios verdes" o título de sustentáveis.
Nos Estados Unidos, o consumo de energia elétrica dos edifícios representa 65,2%. Fora isso, essas construções são responsáveis por 30% da emissão de gases efeito estufa, 136 milhões de toneladas de resíduos de construção, 12% em consumo de água potável e 40% da matéria utilizada. Sem dados oficiais, acredita-se que no Brasil, esses números possam chegar a 60% do consumo da energia elétrica e 39% da iluminação. ''Os edifícios verdes são aqueles que atingem alto desempenho nos requisitos como uso eficiente de água e energia, reutilização de água, menores espaços utilizados para equipamentos e sistemas, utilização de materiais de construção ecologicamente corretos, apoio à economia local, com a utilização de mão de obra e recursos da própria região, além da redução do impacto de sua construção'', explica Eduardo Müller, presidente da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav).
E é com base nesse princípio ''de se planejar para não gastar depois'' que funciona a certificação Leed - Leardership in Energy and Environmental Design, concedido pela US Green Building Council (USGBC). Segundo Müller, essa certificação é uma das mais conhecidas ao redor do mundo e é aplicada nos Estados Unidos desde 2000.
Há registrados no mundo mais 12 mil projetos distribuídos em 75 países e cerca de 1500 empreendimentos já certificados. No Brasil existem 68 projetos em processo de certificação e dois já receberma o selo Leed. ''Até o final do ano deve aumentar consideravelmente a busca de certificação, uma vez que é forte a demanda do mercado comercial e industrial'', avalia Müller.
Fonte: Folha de Londrina, disponível em:http://pr.asbea.org.br/